APRESENTAÇÃO:

 

PARA UMA NOVA HISTORIA DA MIGRAÇÃO ITALIANA

Nos últimos tempos temos assistido a novos e mássicos deslocamentos demográficos, que trazem fenômenos no cenário político, social e cultural. A instabilidade macroeconômica tem reflexos importantes e marcam presença no processo migratório. Este fenômeno traz para a sociedade de acolhimento o desafio de dar respostas aos impactos na identidade daqueles que, por um certo lapso de tempo, vivem numa “Terra de Ninguém”, caracterizada pela ambivalência do encontro com o estrangeiro, com o próprio estrangeiro que vive em nos.O desenraizamento convoca o individuo nas áreas mais primitivas da formação da sua identidade e sua força de enfrentamento advém, basicamente, da bagagem adquirida ao longo de toda a sua existência. Cito Warry Buffet ” Quando a maré baixa, vê-se quem estava nadando nu”.

O corte/cesura da E/Imigração comporta um impacto no psiquismo e a perda do contexto familiar e social de origem onde os valores e aspectos identitários serão descentrados, visitados por momentos de turbulência e reorganizados, torna-se um importante fator na integração ou no sofrimento no individuo ou no grupo social.

Acolher o estrangeiro è entrar numa dimensão de hospitalidade, num modo de interação onde se abre o lugar para o paradoxo, uma vez que não trata-se de assimilar as diferenças mas de admiti-las, tolerá-las e deixar fluir rumo à construção do “ENTRE”, da interlocução, da coexistência e não do consenso. A condição para estar com o outro se da justamente no reconhecimento das diferenças, que resultam na ampliação do espaço psíquico e conseqüente movimento das relações intersubjetivas.

 

Para refletir sobre as temáticas relacionadas, O COMITES BH e o INSTITUTO BIAGGI, em comemoração ao dia 21 de fevereiro dedicado ao Dia do Imigrante Italiano, data em que aportou o primeiro navio trazendo aqueles que sonhavam por um tempo melhor e que retiraram da sua bagagem a força do enfrentamento do desconhecido, realizarão uma Jornada dedicado aos Deslocamentos Contemporâneos, no dia 2 de março, sábado no SESC Centro Cultural JK, na Rua dos Caetés 603, no centro de Belo Horizonte.

A ACIBRA-MG, a Associação Cultural Ítalo-Brasileira de Minas Gerais, patrocina este evento em parceria com a Seris – Serviços Técnicos industriais e a Alalux Iluminação, mantendo a tradição de apoiar todas as iniciativas que tratem temas ligados a Emigração Italiana em Minas Gerais.

As Associações das regiões italianas Emilia Romagna, Veneto, Toscana e Campania apoiam o evento e a padaria Il Pane vai oferecer sua “focaccia rossa”  durante os intervalos.

O fio condutor das temáticas será a Fábula do Maestro Andersen Viana, “A cigarra e a Orquestra”.

Ao final do evento os todos os migrantes serão homenageado com um show aberto ao público em geral,         “IO SUONO ITALIANO”, do músico viajante italiano Andrea Zuin, criador do Projeto “Il Cammino della Musica”, vencedor do prestigioso premio “GLOBO TRICOLORE 2012”.

 

 

 

RELEASE

 

Jornada “Deslocamentos Contemporâneos”  Para lembrar o Dia do Imigrante Italiano

 

“Deslocamentos contemporâneos”. Esse é o nome da jornada organizada pelo Comites BH – Comitê dos Italianos no Exterior, e Istituto Biaggi – Psicoterapia, Psicoanalisi, Cultura e Arte Brasil Italia. O evento, que será realizado nos dia 2 de março, no SESC Centro Cultural JK, na Rua dos Caetés 603, no centro de Belo Horizonte,  conta também com o patrocínio da ACIBRA-MG, a Associação Cultural Ítalo-Brasileira de Minas Gerais, da Seris – Serviços Técnicos industriais e o apoio das Associações Emilia Romagna, Veneto, Toscana e Campania. Os temas tratados estarão relacionados aos caminhos e descaminhos das migrações italianas no Brasil. Isso porque, no dia 21 de fevereiro, comemora-se o Dia do Imigrante Italiano, instituído pelo governo brasileiro para lembrar a significativa realidade dos italianos que vivem no Brasil, uma das maiores comunidades de estrangeiros no País.

A proposta da Jornada é abordar um ângulo ainda pouco refletido a respeito do fenômeno da migração, o que diz respeito aos dramas identitários e afetivos, que, cada vez mais, assumem uma dimensão desafiadora para quem passou a morar longe da sua terra natal.

Está prevista uma rica programação, que vai de apresentações musicais a palestras a respeito da condição de viver, como se diz, numa “Terra de Ninguém, caracterizada pela ambivalência do encontro com o estrangeiro e “ do próprio estrangeiro que habita em nós”, como lembra a psicanalista e psicóloga Maria Bernadete Biaggi, uma das mulheres organizadoras do evento.

O fio condutor das temáticas será a Fábula do Maestro Andersen Viana, “A cigarra e a Orquestra”. Acontecerá o show “Io Sono Italiano”, do musico viajante Andrea Zuin, criador do Projeto “Il Cammino della Musica”, vencedor do prestigioso prêmio  “Globo Tricolore 2012”.

Nadando Nu

“O desenraizamento convoca o individuo nas áreas mais primitivas da formação da sua identidade e sua força de enfrentamento advém, basicamente, da bagagem adquirida ao longo de toda a sua existência”, explica Maria Bernadete. Ela  cito Warry Buffet ” Quando a maré baixa, vê-se quem estava nadando nu”.

Diz ainda que o corte/cesura da E/Imigração comporta um impacto no psiquismo e a perda do contexto familiar e social de origem onde os valores e aspectos identitários serão descentrados, visitados por momentos de turbulência e reorganizados, torna-se um importante fator na integração ou no sofrimento no individuo ou no grupo social.

“Acolher o estrangeiro è entrar numa dimensão de hospitalidade, num modo de interação onde se abre o lugar para o paradoxo, uma vez que não trata-se de assimilar as diferenças mas de admiti-las, tolerá-las e deixar fluir rumo à construção do “ENTRE”, da interlocução, da coexistência e não do consenso. A condição para estar com o outro se da justamente no reconhecimento das diferenças, que resultam na ampliação do espaço psíquico e conseqüente movimento das relações intersubjetivas”, conclui Maria Bernadete Biaggi.

 

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